28 dezembro 2009

“Tu que adentras esta porta abandona toda a esperança.” disse o poeta.



Adentrar o novo ano sem esperança, para que as expectativas não devorem o que está para vir em gula e devassidão absolutas?

Aceitar as vindouras experiências e consequências como kármicas?

Deixar nas mãos dos Senhores do Destino o traçado e a directriz, a meta e o merecimento?

Ou ser Deus do próprio Universo e ditar o que está para vir ao milímetro?

Ter uma candeia, de chama parca, tímida mas mística, a conduzir um trilho na escuridão da floresta existencial?

Ou empunhar uma tocha orgulhosa de calor e luz a afirmar um Caminho que é, em si mesmo, infalível e exequível?

Traçar planos meticulosos a cumprir?

Ou fluir pela espiral com as asas da Alma livres ao vento?

Viver, sobreviver, subviver?

Ser, não-ser?